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Foto: Imagem ilustrativa. |
A Secretaria Estadual de Saúde do Estado de Pernambuco (SES-PE) divulgou, neste domingo (12), um novo boletim epidemiológico que aponta o aumento para 48 casos suspeitos de intoxicação por metanol em Pernambuco.
Desde o dia 30 de setembro, o estado vem monitorando a situação, que acende um alerta para o consumo de bebidas alcoólicas possivelmente adulteradas.
De acordo com a SES, os quatro novos casos foram notificados nos municípios de Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, e em Serra Talhada, Mirandiba e Salgueiro, no Sertão pernambucano.
Segundo a Secretaria de Saúde do Estado (SEE), o paciente com suspeita em Serra Talhada é um homem de 27 anos, mora no bairro Cohab, e deixou o Hospital Eduardo Campos (HEC), sem autorização médica.
Entre os pacientes, um já recebeu alta, outro deixou o hospital sem autorização médica, e dois seguem internados.
Com a atualização, o número de casos em investigação subiu de 27 para 30, já que um óbito anteriormente contabilizado em Olinda foi descartado após exames laboratoriais. Até o momento, 18 casos foram descartados oficialmente.
Antídoto e medidas emergenciais
Para reforçar o tratamento das vítimas, o Ministério da Saúde enviou 68 ampolas do antídoto utilizado em casos de intoxicação por metanol, em caráter emergencial.
O produto é essencial para neutralizar os efeitos da substância tóxica no organismo.
Risco nas bebidas destiladas
A SES e a Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) reforçam o alerta sobre o consumo de bebidas destiladas, como vodca, gin, cachaça e uísque, que podem estar adulteradas com metanol — composto altamente tóxico e potencialmente letal.
Entre as principais orientações aos consumidores estão:
- Comprar bebidas apenas em estabelecimentos licenciados pela Vigilância Sanitária;
- Verificar se o lacre da garrafa está intacto;
- Observar se o rótulo contém informações completas, como fabricante, teor alcoólico, composição e validade;
- Conferir se o produto possui o registro de 13 dígitos do Ministério da Agricultura, obrigatório para bebidas alcoólicas.
Atenção também para comerciantes e bares
A Apevisa destaca que comerciantes devem ter cautela ao adquirir bebidas de fornecedores, desconfiando de preços muito abaixo do mercado — um indício comum de adulteração.
Nos bares e restaurantes, os clientes podem solicitar para ver a garrafa da dose que será servida, garantindo a procedência da bebida.
Já os drinks prontos devem ser consumidos somente em locais licenciados e fiscalizados pela Vigilância Sanitária.
Alerta à população: o consumo de bebidas adulteradas com metanol pode causar sintomas graves como dor de cabeça intensa, náuseas, tontura, visão turva e, em casos severos, cegueira ou morte.
Em caso de suspeita de intoxicação, procure imediatamente um serviço de saúde.
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