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Foto: Luciana Rêgo/Blog Luciana Rêgo. |
O Blog Luciana Rêgo foi até o 3° Grupamento do Corpo de Bombeiros, em Serra Talhada, no bairro Bom Jesus, às margens da BR-232, onde entrevistou os Capitão Souza Júnior, o Sargento Kelson e o Sargento J. Coelho, que falaram sobre a missão no Rio Grande do Sul, após cerca de 30 dias, realizando operações de resgates, buscas e salvamentos nas áreas mais atingidas pelas fortes chuvas e cheias na região. O Soldado Nascimento (do 3° GB de Corpo de Bombeiros) também participou da ação neste estado, porém, não esteve presente na coletiva de imprensa.
Os quatro militares foram para a missão no dia 06 de maio, em que saíram de Serra Talhada, e viajaram, junto a outros 15 bombeiros de Salgueiro, Petrolina e Caruaru, a solo terrestre (transportados através de um ônibus), viagem a qual durou cinco dias, e ficaram no epicentro da catástrofe, indo a diversos municípios do Vale do Taquari, como Lajeado, Cruzeiro do Sul, Relvado, entre outros. Após o encerramento da operação, o grupo retornou para Serra Talhada, no dia 05 de Junho.
Em entrevista ao Blog Luciana Rêgo, o Capitão Souza Júnior, informou que a sensação de estar no Rio Grande do Sul para a missão foi de experiências muito importantes para trazer à corporação e também lições de vida.
Já o momento mais difícil para ele, foi durante um abrigo, onde estiveram e lá levaram cartas produzidas por alunos do ensino fundamental de uma escola do município de Abreu e Lima. As cartas levavam encorajamento e mensagens de apoio para as crianças que tinham perdido parentes e bens nessas enchentes. Lá brincaram, fizeram ações sociais com as crianças e abraçaram muitas delas, cantaram o hino e conversaram com eles.
Sobre os desafios e conquistas, ele relatou que um dos maiores desafios do ponto de vista para os bombeiros, foi trabalhar num ambiente onde haviam poucas referências, já que boa parte dos municípios estavam totalmente devastados. O animal era imprescindível para sinalizar a possibilidade de corpos das vítimas, os mesmos também precisaram usar maquinário pesado como tratores e retroescavadeira para ajudá-los nesse tipo de busca.
Além disso, ele informou que o frio também dificultou um pouco as atividades, já que os bombeiros são acostumados com o clima do Sertão pernambucano. Já a sensação de concluir a missão, para o capitão, foi receber abraços, palavras bonitas de pessoas que estavam naquela região. "Uma sensação indiscutível de dever cumprido", relatou o militar.
O capitão explicou que dos 30 dias de operações, 10 foram de deslocamento, já que levaram 5 dias em viaturas (ao Recife) e vias terrestres (de Recife à Porto Alegre), para chegar e mais 5 dias para retornar.
Já o Sargento Kelson, relatou que a sensação de estar no Rio Grande do Sul é de dever cumprido e as cenas mais impactantes para ele, foram as destruições como bairros inteiros serem devastados e cidades que sofrerem percas imagináveis.
Para o Sargento J. Coelho, a cena mais impactante para ele foi numa Vila, onde foi com os demais fazer a vistoria da área e se deparam com uma devastação total de destruição como casas, comércios, abrigos e escolas, tudo destruído e isolado.
O sargento informou que lição para ele é que a cada dia as pessoas sejam mais humildes, mais seres humanos, além de tratar às outras com devido respeito.
Veja a entrevista completa e imagens impactantes no Canal Luciana Rêgo TV:
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