Foto: Arquivo pessoal/Ana Cristina. |
Neste dia 8 de março comemora-se o dia internacional das mulheres, e para comemorar esta data histórica, o Blog Luciana Rêgo traz ao longo de todo o dia, histórias de mulheres que inspiram a população através da sua força, fé e coragem, para sempre seguir adiante dos seus objetivos e ocupar os seus espaços na sociedade.
No "quadro" do Blog Luciana Rêgo: 'Mulheres históricas e inspiradoras', a homenageada da vez é a serra-talhadense Ana Cristina Gomes da Silva, de 34 anos, Agente Social na APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais em Serra Talhada), moradora do bairro Bom Jesus, casada com José Coelho e mãe de dois: Alícia Gabrielly e José Pedro (in memorian). Segundo ela, os seus filhos foram os seus melhores presentes como mulher dados por Deus.
Ela contou também ao Blog Luciana Rêgo que Deus lhe deu uma missão aqui na terra de ser mãe de uma criança 'atípica', que faleceu há um ano e sete meses: "Sou muito grata a Deus por tudo na minha vida, só tenho uma dor porque Deus me deu uma grande missão aqui na terra: ser mãe de uma criança atípica, José Pedro, que nasceu com uma deficiência no coração, em que a cada 100 crianças que nascem, uma nasce com cardiopatia e aos três meses de vida foi descoberto que ele tinha essa deficiência no coração".
"O médico falou que ele ia viver até um ano de vida, mas até aí ele superou, mas aos dois anos ele teve três acidentes vasculares cerebrais (AVC) e ficou uma criança especial com várias doenças descobertas. Mas nunca desisti do meu filho, tem 1 ano e 7 meses que ele voltou pra casa do senhor, mas mesmo com minha dor, continuo na luta todos os dias em busca do melhor pra pessoas com deficiência. Sou muito feliz por Deus usar pessoas da APAE para me convidar pra eu fazer parte da instituição", desabafou Cristina.
Cristina que afirmou ter sua força vinda de Deus e familiares, também deixou um recado para as mães que passaram ou passam pela realidade de terem filhos deficientes ou que hoje moram na eternidade: "Minha força vem primeiramente de Deus porque sou uma mulher que coloco minha vida nas mãos do pai e da minha família, que é a minha base para poder seguir. Deixo uma grande mensagem para todas as mulheres atípicas e típicas, que como mulheres, elas sejam fortes e corajosas mediante qualquer coisa que aconteça na vida delas, porque Deus sabe o que podemos passar e suportar. Em meio ao meu luto que vivo, não perco minha fé, sou muito grata a Deus por meu filho Pedrinho! Tenho minha dor de mãe que daria minha vida por ele, mas sei que Deus só levou ele de volta porque ele amava meu filho, porque ele estava sofrendo muito."
A mãe disse que ao conversar com Deus, pediu que se fosse para o seu filho sofrer, ele (Deus) poderia levá-lo de volta para casa (levar o menino para a eternidade) e continuou: "Deus foi muito bondoso nas nossas vidas, 13 anos que Pedrinho viveu em cuidados paliativos e nunca lhe faltou amor e cuidado da nossa família. Sou grata à minha família e amigos por todo apoio nesse luto que vivo, sou grata a cada mãe de crianças com deficiência da apae por elas me deixarem estar com cada uma; sinto Pedrinho pertinho de mim quando estou com eles na apae".
"Viver servindo é minha missão, cuidar de quem precisa de mim. Essa foi a missão de vida que Pedrinho me ensinou no seu olhar com seu sorriso; mesmo na dor, sorria. A palavra que eu fecho esse texto é que vivo pela fé. Podemos perder tudo menos a fé no nosso Salvador, ele sabe tudo que suportamos como ser humano. Obrigada (ela agradece ao Blog Luciana Rêgo) por esse espaço para eu contar um pouco da minha história de vida", finaliza Ana Cristina.
Foto: Arquivo pessoal/Ana Cristina. |
Foto: Arquivo pessoal/Ana Cristina. |
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