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Foto: Divulgação. |
Neste sábado, 8 de outubro, comemora-se o Dia do Nordestino. Nestas eleições, mais uma vez, a região foi o coração da apuração dos votos no Brasil, votação que fez a diferença e garantiu ao candidato à presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a vitória no primeiro turno contra Jair Bolsonaro (PL). A região deu ao petista 12,9 milhões de votos de vantagem sobre o adversário, com um placar de 66,7% a 27%.
Com o resultado, o Nordeste entrou na pauta política com uma enorme repercussão nas redes sociais e na imprensa, sob insultos xenofóbicos feitos por grupos bolsonaristas ao voto da população da região. O próprio presidente Bolsonaro também se posicionou negativamente nas redes sociais, dizendo que o PT passou pelo Nordeste e deixou o analfabetismo como herança. Em outras palavras, uma forma de desqualificar o povo nordestino.
Sociólogos e cientistas políticos consideram que a 'insurreição" do povo nordestino, de manter a maioria dos votos em favor de Lula, é resultado da herança das políticas públicas adotadas durante os governos de Lula e Dilma, e do período de desenvolvimento econômico que se viveu na região, com o Produto Interno Bruto crescendo perto de 7%, apelidado na época de PIB chinês.
Na avaliação do professor de sociologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Sidartha Sória e Silv, ao contrário do que se imagina, o nordestino não é um pobre-coitado que está votando por desconhecimento. O que existe é um comportamento calculado e pragmático do eleitorado. O sociólogo destaca que mesmo a região tendo sido mais beneficiada pelo Auxílio Brasil, por ter uma população mais pobre em relação a outras regiões, isso não foi suficiente para uma mudança de voto.
O Auxílio Brasil é a principal plataforma de Bolsonaro em busca de apoio no Nordeste, sendo que metade (47%) dos beneficiários do programa estão na região.
DO JC ONLINE
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