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Foto: Imagem ilustrativa. |
Um menino de 4 anos de idade morreu de complicações por meningite bacteriana em Pernambuco. É a primeira morte por doença meningocócica de 2023 no Estado. Em 2022, não houve óbito, pela doença, em Pernambuco. E em 2021, houve o registro de duas mortes.
A meningite é uma inflamação das membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal. Os principais tipos de meningite bacteriana podem ser prevenidos pela vacinação, recomendada especialmente para crianças e adolescentes.
O óbito, confirmado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), está no informe epidemiológico de doença meningocócica referente à semana 21, de 21 a 27 de maio. A criança, segundo a SES-PE, faleceu no dia 16 de abril. Ela morava no Cabo de Santo Agostinho, município da Região Metropolitana do Recife.
Entre as principais bactérias que causam meningite, está o meningococo (Neisseria meningitidis). Nesse caso, os sintomas incluem febre alta e repentina, dor de cabeça intensa, rigidez do pescoço, vômitos e, algumas vezes, sensibilidade à luz (fotofobia) e confusão mental. A doença meningocócica é de evolução rápida, mata um a cada cinco infectados ou, quando atinge a corrente sanguínea (meningococcemia), leva ao óbito sete a cada dez pessoas.
A meningite bacteriana também pode causar cegueira, surdez, problemas neurológicos e amputação de membros. Os tipos A, B, C, W e Y são os mais comuns no mundo. Segundo a SES-PE, a criança que foi a óbito, no Cabo de Santo Agostinho, por doença meningocócica, tinha o registro de duas doses da vacina meningocócica conjugada C.
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) disponibiliza três doses da vacina meningocócica C na infância: aos 3 e 5 meses, além de um reforço aos 12 meses, que pode ser aplicado até antes de completar 5 anos.
"O esquema completo (da vacina meningocócica C) é fazer a terceira dose na rotina com 12 meses, pois esta é uma dose muito importante. O prazo de até 4 anos, 11 meses e 29 dias é para quem perdeu a dose dos 12 meses, e o PNI disponibiliza a dose até essa idade. Mas deve ser feito, para quem perdeu o período certo dos 12 meses, o quanto antes", orienta o médico pediatra Eduardo Jorge da Fonseca Lima.
Para adolescentes, pelo PNI, uma dose é oferecida entre os 11 e 12 anos (como reforço ou dose única, a depender da situação vacinal).
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