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Foto: Reprodução da Internet. |
Depois de confirmar o terceiro caso de paciente com superfungo em menos de uma semana, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) informou que criou um comitê técnico para monitorar as infecções pelo Candida auris (Superfungo).
De acordo com a SES-PE, o comitê é formado por: Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde e Atenção Primária; Secretaria Executiva de Atenção à Saúde; Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde de Pernambuco (CIEVS-PE); Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa); Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-PE) e Especialistas na área de infectologia.
Ainda segundo a secretaria, o grupo vai acompanhar "a identificação, prevenção e controle" das infecções nos serviços de saúde no estado.
Medidas de prevenção
A SES-PE informou também que entre as medidas de prevenção ao superfungo estão:
- Higiene das mãos;
- Uso adequado de materiais de proteção;
- Limpeza do local onde estão os pacientes infectados.
Três casos em quatro dias
O último caso de infecção pelo superfungo Candida auris em Pernambuco foi confirmado na terça (23). Com isso, o estado tem três casos notificados desde a sexta (19) no Grande Recife:
- Um homem de 48 anos, internado no Hospital Miguel Arraes, em Paulista;
- Um homem de 77 anos, internado no Hospital Tricentenário, em Olinda;
- Um homem de 66 anos, internado num hospital particular, no Recife.
Na segunda (22), a Apevisa anunciou o fechamento do Hospital Miguel Arraes para novos atendimentos.
Segundo a instituição, o paciente passou por vários ambientes da unidade e, por isso, foi necessário tomar a medida em todo o hospital. No local, somente os casos de urgência estão sendo atendidos.
Ainda segundo a Apevisa, as pessoas que tiveram contato com os pacientes estão passando por testes para saber se também foram infectadas. Só depois que tiver três amostras com resultados negativos para a Candida auris, realizadas num intervalo de 72 horas, as unidades serão liberadas.
O Candida auris recebeu a definição de superfungo por ser resistente a praticamente todos os medicamentos que existem. Sem uma análise especializada, ele pode ser confundido com vários outros tipos comuns e, por isso, é considerado de difícil diagnóstico.
Primeiros casos em Pernambuco
- O primeiro caso de Candida auris em Pernambuco foi confirmado em janeiro de 2022 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
- Sete meses depois, a SES-PE informou que 36 pacientes foram infectados pelo fungo desde então. Os casos foram detectados nos hospitais da Restauração e Miguel Arraes.
- Estudos indicam que até 90% dos pacientes de Candida auris são resistentes a fluconazol, anfotericina B ou equinocandinas - medicamentos usados no tratamento de infecções por fungos.
- Além disso, o fungo pode causar infecção de corrente sanguínea e ser fatal, principalmente em imunodeprimidos ou com comorbidades.
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